— Adquiri o hábito da heroína em Nova York — contou Dylan ao amigo Robert Shelton, em uma entrevista de março de 1966. — Fiquei muito, muito viciado por um tempo, digo realmente viciado. E me livrei do hábito. Eu tinha um hábito que custava cerca de 25 dólares por dia e me livrei dele.
Acredita-se que esta tenha sido a única vez em que o compositor de Like a rolling stone confessou seu vício na droga.
— A morte para mim não é nada... A morte para mim não significa nada, contanto que eu possa morrer rápido. Por muitas vezes eu soube que seria capaz de morrer rápido, e eu poderia facilmente ter ido em frente e feito isto. Admito que tenho esta coisa suicida... Mas sobrevivi desta vez — acrescentou.
Indagado sobre suas composições, Dylan diz que leva seu trabalho "menos a sério do que qualquer pessoa, destacando que "isso não vai me fazer feliz".
— Você não pode ser feliz fazendo uma coisa legal — afirma.
As fitas da entrevista foram descobertas durante a pesquisa para a edição revisada da biografia de Bob Dylan, No Direction Home, assinada por Robert Shelton e publicada pela primeira vez em 1986.
Pra comemorar o aniversário do artista, que amanhã faz 70 anos, curte a música que foi considerada pela Revista Rolling Stone como a melhor de todos os tempos